APÓS A BANDEIRADA: TODOS TEM PILOTOS. A FERRARI…

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16 de abril de 2013 por Lucas Rafael Chianello

Mais uma vez, agora no título, mencionei o bordão mais utilizado neste ainda bebê Blog Chianéllico quando discorro sobre a F-1. E é isso mesmo. O GP da China quebrou um significativo jejum de um exímio piloto. Desde o GP da Alemanha, no ano passado, Alonso não sabia o que era subir no lugar mais alto do pódio.

Com o troféu de vencedor nas mãos: cena que ainda veremos muitas vezes.

Com o troféu de vencedor nas mãos: cena que ainda veremos muitas vezes.

Porém, o jejum de vitórias é significativo não apenas pelas etapas ausentes de vitórias, mas também pelos adversários. Não é nenhuma vergonha ficar doze corridas sem vencer dividindo a pista com outros quatro campeões mundiais: Hamilton, Button, Kimi e Vettel. A safra de pilotos de auto nível é farta. Logo, as coisas ficam mais difíceis.

Algumas vitórias de Alonso das quais me recordo agora são memoráveis. Vamos a um top 5 delas:

– Hungria, 2003: a primeira vitória, que muito se deveu à estupenda largada que proporcionavam os carros da Renault na época. De ponta a ponta, com autoridade;

– San Marino, 2005: em temperaturas mais baixas, os pneus Bridgestone da Ferrari rendiam mais que os Michelin da Renault. Alonso segurou Schumacher por diversas voltas e garantiu seu terceiro triunfo no ano;

– Japão, 2006: caminho aberto para o bi. Largando em quinto, o então atual campeão ia à caça de Schumacher, líder da prova. Com fama de sortudo para muitos, o alemão quebrou. Mesmo assim, nada que tirasse o brilho da atuação de Alonso;

– Valencia, 2012: vitória épica diante de seu público depois de largar em décimo primeiro. Na volta da vitória, recebe uma bandeira espanhola dos torcedores e chora copiosamente no pódio;

– China, 2013: Alonso parte para o ataque, usa bem a asa móvel, extrai tudo que a Ferrari tem de seu ótimo ritmo de corrida e vence com autoridade. Iguala o número de vitórias de Mansell.

É bem verdade que a carreira deste talentoso asturiano possui dois nítidos arranhões: aquela vitória manipulada de Cingapura, quando Nelsinho Piquet bateu de propósito, e o escândalo de espionagem para obter informações da Ferrari, do qual ele chegou a participar.

Ainda sim, por mais que essas manchas sejam difíceis de remover, os serviços prestados por Alonso para a F-1 estão acima de qualquer suspeita. Estamos diante de um campeão nato que busca aquilo que se exige de principal do esporte que pratica: ser o mais rápido.

Caso vença mais 11 corridas, Alonso ultrapassará Senna e se tornará o terceiro maior vencedor de todos os tempos, atrás apenas de Prost e Schumacher. Se depender exclusivamente do talento desenvolvido ao longo dos anos, a quebra deste recorde tem tudo pra ser uma questão de tempo. E a força demonstrada neste início de temporada o coloca como candidato a igualar outro feito de Ayrton: o tricampeonato.

Sim, Alonso, o vencedor do GP da China, é candidatíssimo ao título da temporada.

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